sábado, 10 de janeiro de 2015

O amor é bugigangas.

O amor é uma infrutescência. É o um feito de vários. É uma coleção de pequenos sentimentos, iguais em sua essência e diferentes em suas formas, que formam o um, o único, o plural que degustamos de forma singular. Faz-nos pluralizar o bem e singularizar o desagradável. O amor é uma aula que não passa batida, é uma batida de lições que tomamos mesmo quando não queremos. O amor é o altruísmo mascarado, fazemos pelo outro o que não faríamos nem por nós mesmos. O amor é a cápsula que protege o fármaco, impedindo o que tempo o degrade antes da hora. É a roupa que nos veste e cobre o que não queremos mostrar a todos. É o invólucro que nos toma pra si quando se dá conta de que não há mais razão em não estarmos envolvidos.O amor é a razão que faz todas as outras desnecessárias. O amor é o exacerbo de bondade que existe no universo, mas como o homem não é muito dado a ser bom, prefere se dar ao amor. O amor é o que sentimos pelo que geramos, mesmo que sem intenção. O amor é o que gera o mundo, estamos prestes a ver a luz, estamos prontos para nascer, talvez prematuros, mas o simples fato de termos sido gerados pelo amor já nos faz fortes para sobreviver ao nascimento atemporal. Até porque, o amor rege e gera o tempo, o amor amou para que o relógio chorasse ao ver a vida do lado de fora do coração. 

Karla Waters


Nenhum comentário:

Postar um comentário